Galo abusa das chances perdidas, e Botafogo vence pela eficiência
Alvinegro carioca se aproveita do desespero do Atlético-MG, faz 2 a 0 e fica mais perto de uma vaga na Libertadores
Foi a vitória da eficiência. O Atlético-MG teve mais posse de bola e acumulou 16 chutes a gol. Não fez nenhum. O Botafogo foi preciso nos contra-ataques e acertou duas das oito finalizações que teve. O Alvinegro carioca marcou 2 a 0 neste sábado, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas e subiu para o 4º lugar, com 51 pontos. Com seis a menos que o líder Fluminense, pode até sonhar com o título. Para o Galo, ficou o pesadelo de, após uma mísera rodada fora da zona da degola, voltar para o Z-4. (assista aos melhores lances no vídeo ao lado).
Na 33ª rodada, o Atlético-MG, que caiu para o 17º lugar, com 34 pontos, tem o confronto direto contra o Guarani, 16º com 35 pontos, em Campinas, na próxima quarta-feira. No mesmo dia, o Botafogo recebe o Atlético-GO, no Engenhão.
(Foto: Bruno Cantini / Photocâmera)
O resultado positivo do Vitória por 4 a 2 sobre o Vasco no jogo das 16h fez o Atlético entrar em campo na zona de rebaixamento. A margem de erro diminuiu e o ímpeto aumentou, fazendo a equipe iniciar a partida pressionando o Botafogo. O trio Diego Souza, Tardelli e Obina se aproveitou da falta de organização da defesa adversária para trocar passes em velocidade. Mas as conclusões não saíam com qualidade.
Ainda perdido atrás, o Botafogo não conseguia se articular para criar jogadas ofensivas. Jobson tentava o drible e a velocidade para vencer a marcação, enquanto Loco Abreu se limitava a escorar as bolas que vinham pelo alto. Lucio Flavio, bem marcado, não conseguia fazer a ligação com eficiência, embora o time carioca conseguisse segurar a pressão.
Muito disso era por conta da marcação individual de Marcelo Mattos a Diego Souza. Fahel acompanhava Renan Oliveira de perto, e Tardelli tentava vencer a pressão de Leandro Guerreiro. Mesmo assim, era o Atlético quem buscava o ataque, apostando também nos laterais Rafael Cruz e Leandro.
Ao fim de um primeiro tempo nervoso, principalmente pela confusa atuação da arbitragem, as duas equipes chegaram poucas vezes com perigo. O time da casa se deixava levar pela necessidade de escapar da zona de rebaixamento - um empate resolvia -, enquanto o visitante preferia investir na marcação ao atacar e ser ameaçado.
(Foto: Flickr do Altético-MG)
O Atlético voltou para o segundo tempo dando um passo à frente no campo. A equipe passou a pressionar a saída de bola do Botafogo e, assim, garantiu um domínio ainda maior da partida. Além disso, passou a chutar mais a gol. Enquanto isso, o Botafogo se limitava a dar chutões para a frente, torcendo para que Jobson conseguisse vencer a marcação com sua habilidade.
Mas para o Galo, quantidade não era qualidade. O segundo tempo foi cheio de gols desperdiçados. Tardelli perdeu duas boas chances, uma delas colocando a bola no travessão de Jefferson. Obina também perdeu uma oportunidade em que preferiu arriscar a tocar para o companheiro de ataque, que vinha melhor posicionado. Ao Botafogo restavam os contra-ataques, e em um deles, Loco Abreu chutou para fora com o gol aberto.
Enquanto o Atlético abusava das chances perdidas, o Botafogo aproveitou as raras chances. E foi apostando num contra-ataque que o Alvinegro carioca abriu o placar, aos 30 minutos. Loco Abreu recebeu, avançou sem marcação e, frente a frente com Renan Ribeiro, não foi egoísta. Rolou para o meio da área e achou Edno, que tocou para fazer 1 a 0.
O Botafogo passou a se fechar ainda mais na defesa e, aproveitando o desespero do Atlético, que partiu para cima, sacramentou a vitória aos 45 minutos. Loco Abreu recebeu novamente livre e dessa vez tocou com categoria para fazer 2 a 0. O Botafogo agora sonha. O Galo volta a ter pesadelos.